27º ANIVERSÁRIO

28 abril 2015





Estávamos na década de oitenta, a juventude em Alviobeira era numerosa, mais raparigas que rapazes. As raparigas eram jeitosas, pelo menos era o que diziam, e atraiam aos bailes e matinés muitos rapazes de localidades vizinhas. Eram famosas as matinés de Alviobeira, primeiro por baixo do palco, no que é hoje o salão de catequese e mais tarde na garagem do Sr. Albino, hoje propriedade do seu filho Raul. As tardes de domingo eram passadas a dançar e a conviver.
Era uma juventude diferente da de hoje em dia, nem melhor nem pior, apenas diferente, como também era diferente a sociedade daquele tempo.
Uma juventude que pouco ou nada tinha e que aprendeu a fazer do pouco muito, a divertir-se com pequenas grandes coisas.
Mas em Alviobeira, queria-se mais alguma coisa, e surgiu a ideia de um Rancho Folclórico, naquela altura pouco ou nada sabíamos de folclore, mas ávidos de aprendizagem depressa começamos a trabalhar, a pesquisar, a ouvir e aprender.
Foi uma animação, o primeiro carnaval, as recolhas, os ensaios, a compra dos tecidos, a primeira vez que vestimos o trajo, as primeiras atuações, as primeiras viagens, a descoberta uns dos outros, os primeiros namoros…
Seguiram-se anos intensos de descoberta e aprendizagem.
Ao Grupo inicial, do qual ainda fazem parte oito componentes, muitas outras pessoas se foram juntando ao longo do tempo, e da presença e do trabalho de todos, este Rancho tornou-se naquilo que é hoje.
Este ano o dia 24 de Abril, dia do nosso aniversário, calhou a uma sexta-feira, dia de ensaio. Mas esta sexta-feira foi diferente. Foi uma noite para recordar a década de oitenta, e se aos que tinham entre dezasseis e vinte poucos anos naquela altura, esta festa foi um reavivar de tantas memórias, para os mais novos acredito que foi igualmente divertido. Vestidos e penteados a rigor, começamos por fazer um passeio nocturno por esta Alviobeira que nos viu nascer e crescer, e acabámos a noite na nossa discoteca improvisada “Poitenta”, que estava um espectáculo. E dançamos, a noite toda.
O S. Pedro ainda ameaçou, mas nem ele foi capaz de resistir a esta noite anos oitenta, e deu-nos uma noite soberba.
Ficam aqui algumas fotos, tiradas pelo nosso amigo José Júlio Ribeiro, para mais tarde recordar.

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