Arraial de S. João - Tomar

22 junho 2015














No sábado, dia 20 de Junho, com temperaturas a rondar os 40º graus, o RFEA, começou bem cedo a preparar o material a utilizar nos quadros etnográficos que foram apresentados mais tarde no Arraial de S. João. O calor era muito e com algum sacrifício lá fomos preparando as coisas para que os quadros etnográficos tivessem algum interesse para as pessoas que iriam passar pela Rua de S. João nesse dia. Gostamos sempre de preparar os quadros etnográficos à volta de um tema, desta vez o escolhido por se tratar de um Arraial popular e por ser o ano da Festa dos Tabuleiros, foi Festas e Romarias. Assim todos os quadros foram criados à volta dos vários elementos presentes na Festa: o pão (ciclo do pão, nomeadamente a sementeira do milho, a descamisada, o peneirar da farinha e o amassar do pão), o trigo (ceifa e crivagem), a confeção de flores de papel e das fogaças e tabuleiros, a confeção de mantas de trapos (também elas utilizadas nas romarias), a confeção de rodilhas, a chegada à Romaria, o transporte das fogaças, a merenda e o bailarico. Assim, por volta das 17h, a Rua de S. João começou a recuar no tempo, à medida que os cenários se foram criando. Pena que as pessoas não tivessem retirado os carros do estacionamento, apesar dos pedidos dos organizadores do arraial, o que nos obrigou a concentrar os quadros etnográficos em apenas metade da Rua. Com música ambiente, escolhida à volta do tema Festas e Romarias, e já com um ventinho agradável a correr pela rua, começámos a apresentação dos Quadros Etnográficos em Estátuas vivas. Se algumas pessoas já conheciam o nosso trabalho, outras foram surpreendidas por um ambiente diferente, que trazia à memória outros tempos e outras emoções. É bom ouvir o comentário das pessoas e receber os parabéns de quem sabe observar e ver o muito trabalho que ali está, e que reconhece e sabe apreciar os pormenores. Os turistas eram muitos, interessados e maravilhados pelo nosso trabalho, os elogios guardamo-los bem cá dentro do nosso coração, e se o nosso trabalho os emocionou, como nos disseram, as suas palavras encheram o nosso coração e a nossa alma. No fim das estátuas, altura para o bailarico, a Rua de S. João com um verdadeiro ambiente de Arraial, ganhou ainda mais animação e todos dançaram, cantaram e brincaram. No fim do bailarico, a pedido de algumas pessoas, voltámos a fazer estátuas e já anoitecer, falámos entre nós, que os quadros etnográficos ganhariam ainda mais beleza à noite, mas para isso necessitaríamos de iluminação de todos os quadros, exigindo outra logística. Um obrigado especial a Ana Bela Santos, que desde que viu o ano passado os quadros etnográficos no Poço Redondo, não descansou até que não nos trouxe a Tomar. Foi no Arraial de S. João, nada melhor. E assim, ainda com o coração a queimar, não do calor, mas das emoções vividas, regressámos à nossa Alviobeira. Foi o Alviobeira Acontece... desta vez em Tomar

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