Romaria de S. Pedro

02 julho 2015

FOTOS: José Júlio Ribeiro Uma Alviobeira que vai acontecendo por aí. Se o calor convidava a um fim-de-semana passado à beira da piscina ou no areal de qualquer praia, para este grupo as coisas foram bem diferentes. No sábado fizemos uma visita à bonita cidade de Viseu, para participar no Festival do Rancho de Caçador e no domingo realizámos mais uma Romaria a S. Pedro, nosso padroeiro. Chegámos à Alviobeira por volta das duas horas da manhã, com a certeza de que até o fim-de-semana terminar, muito havia por fazer. Dormimos um pouco para recuperar energias e mal o sol despertou, começou o frenesim para a preparação de mais uma romaria. Tendo consciência que é preciso trabalhar muito para fazer com que Alviobeira aconteça, os trabalhos iniciaram-se para que tudo estivesse pronto por volta das 15H, hora marcada para a chegada dos romeiros, ao adro da igreja. A colocação das barraquinhas, das mesas, as deslocações para trazer os burros, cavalos e carroças, a preparação dos petiscos e de todos os elementos necessários para a criação do ambiente de romaria, ocupou a nossa manhã que passou sem darmos por ela. Com alguns percalços pelo meio, que também servem para animar as coisas, com os amuos da burra Julieta e da égua “Bimba”, lá chegámos à Igreja para assistir à missa presidida pelo padre Sérgio. No final houve a procissão com as bandeiras, as fogaças, o andor de S. Pedro, os anjinhos, criando um ambiente de tranquilidade, permitindo olhar para dentro de nós e descobrirmo-nos a nós próprios. Uma procissão simples, intimista, sentida, a lembrar outros tempos, em que a simplicidade roçava a grandiosidade. E se antigamente o calor não afligia ninguém, pois as gentes do campo a ele estavam habituadas, hoje em dia somo sensíveis de mais, esquisitos de mais, e esse mesmo calor tanta vez por nós reclamado parece ter sido o motivo para muitos não terem ido à Romaria. Mas os mais corajosos, os mais companheiros, os que amam a sua terra, e admiram o trabalho deste grupo, que faz uma terra acontecer, mesmo numa tarde quente de Junho, esses… fizeram questão em marcar presença levando-nos a acreditar que ainda vale a pena trabalhar nesta aldeia. E a Romaria fez-se e houve mistura de sons, cores, cheiros. E o convívio saudável, aquele que só precisa do encontro, do toque, do olhar, foi simples, bonito e aconteceu. Pessoalmente adoro estas festas, que permitem às pessoas encontrarem-se, conversarem, comerem, dançarem…partilhando momentos e emoções, sem grandes artificies, sem brilhos artificiais… Um obrigado especial ao Sr. Manuel Azevedo, que não parou um minuto com a sua égua, a transportar as crianças, à dona da Julieta pelo empréstimo da Julieta ao proprietário do Restaurante Popular do Freixo e ao Sr. Horácio pela cedência das carroças. Não esquecendo, não fizesse ele parte da família, do José Júlio Ribeiro pela presença e pelas magníficas fotos… estamos a ficar mal habituados. E assim foi mais um fim-de-semana intenso… quente… único! Numa Alviobeira que “teima” em acontecer.

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