FESTIVAL DE FOLCLORE

18 maio 2017

O dia do nosso Festival de Folclore sempre foi e sempre será um dia importante na vida deste Grupo.
O RFEA tem uma intensa atividade durante todo o ano, desenvolvendo inúmeras atividades de carater etnográfico, cultural, social e comunitário, que exigem planificação, compromisso e entrega. Salientamos entre muitas, o cantar dos Reis, serrar da velha, mercado à moda antiga, ronda das adegas, presépio ao vivo, estátuas vivas, pulsações; atividades tão diferentes mas de igual exigência e dedicação.
E se o plano de atividades é intenso e exigente, em nenhum momento, o Festival de Folclore ficou esquecido ou colocado em segundo plano. Se a idade e a experiência nos dá alguma serenidade neste dia, a verdade é que existe algum nervosismo que teima em permanecer criando alguma ansiedade e inquietude.
Neste dia muitas são as pessoas que visitam Alviobeira pela primeira vez e é para nós um prazer recebe-las bem e tornar a visita um período agradável, divertido e prazeiroso.
Todos os anos escolhemos um tema para o Festival, sobre o qual desenvolvemos todos os promenores, oferta aos Ranchos, lembranças vendidas no Festival, cenário e atuação.
Este ano foi dedicado aos lenços de cabeça que outrora eram de extraordinária importância na indumentária feminina pretendendo evidenciar o valor cultural de uma peça de vestuário, imprescindível e característica do quotidiano das mulheres, no séc. XIX e ao longo de quase todo o séc. XX. Com funções de aconchego, proteção face ao frio ou ao sol, era um importante elemento ornamental da moda rural feminina, diferenciador do gosto e da classe social da mulher que os envergava nas mais variadas ocasiões: trabalho, casamento, noivado, luto, dias festivos, romarias, etc.
Na sessão de boas vindas aos grupos intervenientes no Festival de Folclore, marcaram presença a presidente da Câmara Municipal de Tomar, Anabela Freitas, o presidente a União de Freguesias Casais Alviobeira, João Alves; prof. José Joaquim Marques em representação da Federação do Folclore Português, Mário António em representação do Conselho Técnico da Federação, José Júlio Marques em representação do CRCA e Manuel Mendes em representação do RFEA.
Todos deram as boas vindas ao Ranchos participantes desejando uma boa atuação e um bom regresso às suas casas e enalteceram o trabalho desenvolvido pelo RFEA ao longo dos seus vinte e nove anos de existência.
O Festival com início às 21H30, dispensando desfile e passagem pelo palco, que na nossa opinião não traz nada de novo, apenas serve para atrasar o festival, contou com a presença do Rancho aniversariante, seguindo-se o Rancho Folclórico de Vila Nova de Sande – Guimarães, Rancho Folclórico e Etnográfico de Eira Pedrinha -Condeixa-a-Nova, Rancho Folclórico e Etnográfico da Casa do Povo de Cernache do Bonjardim Sertã e do Rancho Folclórico do Freixial- Leiria.
O encontro enriquece e deste esncontro entre Ranchos Folclóricos resultou um excelente Festival de Folclore que ficou a dever-se à organização, às excelentes atuações dos Ranchos participantes, ao cumprimento dos horários, permitindo que o Festival termina-se às 23H30 e à participação do público, enchendo mais uma vez o salão do CRCA.
Um obrigado especial ao Mária Ana que mais uma vez fez a apresentação do Festival e ao Noivo responsável pelo som.
O Festival é para nós um momento de encontro, mas este ano registámos algumas ausências, nomeadamente a D. Luísa , a nossa tocadora de ferrinhos, a recuperar de uma operação, do seu marido Sr. Zé Leal, a acompanha-la e do Sr. Mário Santos, a acompanhar a esposa devido a problemas de saúde. Sentimos a sua falta, mas temos a esperança que no nosso 30º aniversário contar com a sua presença.
No domingo seguinte ao Festival celebramos a missa de acção de graças, pela vida deste grupo. A vida em grupo possibilita crescimento, aponta oportunidades, consola nos momentos difíceis. Mas nem sempre a convivência é simples. Conviver é o desafio de encontrar harmonia nas relações, equilibrando planos compartilhados com visões de mundo diferenciadas. Nesse aprendizado diário, momentos de alegria se alternam com pequenas discussões, que às vezes abalam o relacionamento com a família, com os amigos,
Apesar dos altos e baixos nas relações interpessoais, o RFEA tem resisitdo às intempéries e construído uma “rede” forte com um fio que não serve para prender mas para unir.
Uns chamar-lhe-ão amizade, outra solidariedade, outros inter ajuda, vontade, querer, criatividade, nós chamamos-lhe simplesmente amor. Só quem ama, pode dar-se, entregar-se desta forma, sem reservas nem “impermeáveis”.
Só quem ama desta forma é capaz de perdoar e aceitar as fragilidades dos outros. É fácil? Claro que não mas como alguém costuma dizer, se fosse fácil não era para nós
A felicidade chega de várias formas à nossa vida, mas a mais intensa, a mais contagiante, é aquela que brota de um coração que ama e que se deixa amar. Que saibamos cultivar esse amor que cativa e se deixa cativar.
Para fechar as atividades de Abril, e para comemorar o nossos aniversário, realizar-se-á no CRCA, a gala de Aniversário, na qual contaremos com a presença de muitos artistas, o que será concerteza uma excelente noite de convívio, diversão e espetáculo.
Será a celebração de um sonho com vinte e nove anos. Este sonho tem um nome, tem uma história, tem uma alma mas tem muitas caras! Este sonho é o RFEA
















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