Foi no
passado sábado, dia 7 de Outubro pelas 21H30 no salão da Associação
Recreativa e Filarmónica Frazoeirense que apresentámos o espetáculo
Retalhos.
A data
era importante, afinal não é todos os dias que uma associação
comemora cento e setenta e seis anos de atividade ininterrupta. Para
quem vai a caminho dos trinta, parece uma data longínqua e de
difícil alcance.
Reconhecemos
nesta associação semelhanças com a nossa, embora uma se dedique à
musica filarmónica e a outra ao folclore, a verdade é que ambas
primam pela dedicação, entusiasmo e dinamismo, sendo ambas marcos
importantes na cultura da sua terra e do seu concelho.
A
Frazoeira é uma terra com “personalidade”; não sei se pelas
belas quintas e solares existentes, pelas árvores centenárias, pela
proximidade da mística aldeia de Dornes, a verdade é que quando ali
chegamos parece que recuamos no tempo e ficamos completamente
rendidos à beleza e à imponência do património material ali
existente, silêncios que falam e que parecem ter tanto para contar.
A
beleza e a grandiosidade dos solares não deixa ninguém indiferente,
eu chamei-lhe “grandiosidade serena”, o que quer que isso possa
significar. O ambiente que se respira leva-nos a imaginar histórias
e contos, guardados misteriosamente em cada pedra, em cada árvore,
em cada casa.
Uma
terra “encantada” que cheira a verde... “ o verde nasce, os
pássaros um azul quente...
Uma
terra aqui tão perto de nós mas uma mística diferente. A mim
bastou-me algumas horas no local, para ficar fascinada e para na minha cabeça começar
a fervilhar mil ideias para espetáculos que ali tão
bem se enquadravam.
Mas
este silêncio não significa que a Frazoeira seja uma terra parada
no tempo, pelo contrário, é uma terra que a exemplo de Alviobeira
muita coisa acontece. O passado convive harmoniosamente com um
presente ativo, dinâmico, culturalmente e socialmente falando. Há
176 anos que esta associação tem desenvolvido um trabalho ímpar
para o crescimento, dinamização desta terra e das suas gentes. Aqui
o passado e o presente convivem lado a lado sem atropelos nem
guerras.
Foi
nesta terra de fascínios que Retalhos foi apresentado.
Contrastes
que podem parecer ao acaso, mas que querem dizer muita coisa: numa
noite quente de Outono que mais parecia de verão, um espetáculo
“moderno” mas que falava de histórias passadas, uma terra serena
mas a fervilhar de cultura.
Foi
assim rodeado de contrastes que o RFEA levou a palco o espetáculo
RETALHOS.
Fomos
recebidos com amabilidade e desde o primeiro momento sentimo-nos em
casa.
Agradecemos
o convite que muito nos honrou, esperamos ter estado à altura das
expetativas e expressámos aqui os votos de no futuro continuar a
desenvolver esta pareceria que tem tudo para dar bem.
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