Presépio ao Vivo

26 dezembro 2014




















Se em tempos passados, apesar das dificuldades económicas das famílias, o Natal era um tempo de presença, de encontro, de comunidade, a verdade é que esse espírito tem-se vindo a perder ao longo dos tempos e cada vez mais temos um Natal consumista, despido de sentimentos, em que a falta de amor, de respeito, de paz interior se tenta disfarçar com luzes, música, confusão, presentes e brilhos.
Como gosto bem mais daquele tempo em que as pessoas se encontravam à frente das casas, quando a rua era o lugar de encontro com os vizinhos, de brincadeiras, de cantigas e conversas, e não havia frio, nem medo de constipações, pois essas matavam-se com um cálice de aguardente, nem tristezas, nem depressões. Hoje em dia, as famílias isolam-se em casa, cada um de volta do seu computador, e quando saem em vez de percorrer as ruas da aldeias, fazer uma caminhada pelos pinhais e fazendas, preferem os centros comerciais, os engarrafamentos, as filas, um corre-corre que deixa as pessoas mal-humoradas, irritadas e vazias.
Durante a tarde de ontem algumas pessoas questionaram-nos sobre o que nos movia, o que nos levava a realizar tantas actividades, a ter tanto trabalho?! Falámos do sentido de comunidade que queríamos preservar em Alviobeira, da importância de uma comunidade que se reúne, e que partilha momentos. Hoje acrescentaria: como parar a criatividade? Abafar o fervilhar de ideias? O prazer do convívio? A amizade que reclama presença!? Este ano, pela primeira vez decidimos fazer um presépio ao vivo, no largo do coval, e ainda bem que o fizemos.
O trabalho, esse foi muito, mas como é frase corrente neste Rancho, nada se consegue sem trabalho, e já nos habituamos a esta actividade intensa que nos proporciona a oportunidade de crescer como família, como grupo e como comunidade.
Costuma-se dizer por cá, que quem mais dá mais recebe, e nós recebemos neste Presépio Vivo muitas demonstrações de afecto e carinho por nós e pelo nosso trabalho.
E se demos muito de nós, a verdade é que recebemos a triplicar. Desde a presença de tantos que quiseram estar presentes, à cedência dos animais, que fizeram as delícias dos miúdos e graúdos, à generosidade das pessoas, que monetariamente contribuíram para o evento, ao aparecimento do “Menino Jesus”, trazido envolto em cobertores pelos seus pais e que nos deixou com lágrimas nos olhos. Muitos foram os quadros que nos fizeram recuar no tempo e trazer à memória outros Natais, mas o momento mais bonito, foi quando a Marisa trouxe o Afonso e o colocou nos meus braços, apenas dizendo: “querem um menino Jesus?” Foi mágico, mais mágico quando o coloquei nos braços da Andreia e do Aurélio, e aquele curral improvisado, simples e humilde como eram os nossos antepassados foi iluminado pelos raios de sol que ficaram ainda mais quentes e radiosos. Sentimos que naquele momento o nosso presépio tinha sido abençoado pelo Altíssimo. São estes pequenos, grandes gestos, que tornam o Natal um tempo especial, gestos de entrega, de generosidades, capazes de transformar o nosso coração e tornar-nos pessoas melhores.
Ficou a certeza que os amigos não são aqueles que nos dão coisas, mas os que se dão a si próprios Às 15H começamos as estátuas vivas e que durou cerca de uma hora.
Estavam representados os seguintes quadros: o presépio, com um casal, aguardando o nascimento do seu filho, os animais, ovelhas, vaca, burro; as pessoas mais abastadas da aldeia, que se puseram a caminho rumo ao presépio, levando nos seus cabazes pão, vinho e azeite; um casal de pastores, que ali perto pastavam as suas cabras e cabritos; a taberna, ponto de encontro dos homens; a casa com a lareira pronta para fazer os velhoses e alguns ofícios da aldeia, o sapateiro, a tecedeira, o carpinteiro, e as bordadeiras.
Depois foi tempo de convívio e de aquecer o corpo já que a alma à muito estava aquecida. Tirou-se o enchido do fumeiro, e foi assado ali mesmo na fogueira que juntamente com o toucinho assado, pão caseiro, vinho, café, chá, fatias douradas, velhoses, fizeram as delícias dos visitantes. Quem passou por Alviobeira, não deu o seu tempo mal empregue, foi uma tarde diferente, a recordar Natais de outros tempos.
A nós resta-nos desejar um feliz e santo Natal. Em Janeiro, logo no dia 2 de Janeiro, andaremos porta a porta, a cantar os Santos Reis, numa Alviobeira que Acontece todo o ano

Presépio ao Vivo

19 dezembro 2014

Ronda das Adegas

Para quem se atreveu a fazer a Ronda das Adegas organizada pelo RFEA,no passado dia 31 de Novembro, não deu por perdido o seu tempo. Para nós que organizámos o evento, foi o culminar de duras semanas de trabalho. A escolha das adegas e limpeza das mesmas, a selecção do percurso, a organização de toda a logística referente ao material utilizado e refeições, espalhadas por vários locais, todos os momentos de animação, foram pensados ao pormenor para que tudo corresse bem, sem falhas e de forma a proporcionar aos participantes uma Ronda que ficasse na memória. E como de manhã é que se começa o dia, a concentração foi marcada para as 8H30, se para muitos parecia ser de madrugada para um domingo, onde se aproveita para dormir mais um pouco, para nós componentes, à muito acordados, tal era a ansiedade, parecia estarmos já a meio da manhã. Na concentração, junto ao Museu, foi entregue a cada pessoa, uma caneca e uma saca de pano. E logo ali foi feito o mata-bicho, um golo de aguardente e uma passa de figo para começar bem o dia. Reunido o pessoal, deu-se início à caminhada e à aventura. Na parte da manhã foram visitadas sete adegas e uma taberna, situadas em Alviobeira, Manobra, Freixo, Calvinos e Ceras, descansando na Runfeira por volta das 14H para o Jantar e da parte da tarde mais duas adegas em Alviobeira, terminando no Museu de Alviobeira, onde se faziam uns velhoses de comer e chorar por mais. As adegas, todas elas diferentes, foram escolhidas pela sua tipicidade. A maioria encontra-se desactivada, fazendo parte de casas desabitadas, e que obrigaram à intervenção da nossa “brigada de limpezas”, eficiente e “assustadora”, outras ainda se mantêm em funcionamento e bem cuidadas pelos seus proprietários. No decorrer das visitas às adegas, descobrimos ainda muitos utensílios de trabalho e muitas outras peças tão valiosas para nós e que correm o risco de apodrecer neste locais, este fato alertou-nos para a necessidade urgente de fazer-mos novas recolhas, por forma a recuperar e a preservar essas peças. A ronda da Adegas pretendia dar a conhecer algumas adegas, provar o vinho produzido por nós, conhecer locais tão bonitos da nossa terra e conviver, pensamos ter conseguido atingir todos os objectivos. O dia passou-se sem dar-mos por isso, o convívio foi saudável, relembrando-nos que é nas coisas simples da vida que reside a maior felicidade, e que nada é capaz de igualar a alegria do convívio saudável e do que ele pode fazer por cada um de nós e pela comunidade. Aos donos das adegas o nosso muito obrigado, pela disponibilização do local e pela colaboração total, a todos que participaram na ronda um obrigado por confiarem naquilo que este Rancho é capaz de fazer e por “embarcarem” nos nossos projectos, prometemos continuar a trabalhar e a surpreender. Um obrigado ao Sr. José Manel e ao Sr. Manuel por nos acompanharem com a seus cavalos e à Paula pela cedência da Julieta que já faz parte da família. Um obrigado ao José Júlio Ribeiro pelas belíssimas fotos. Mais uma vez o RFEA provou a sua capacidade de trabalho. Onde todos ajudam, nada custa. Aos componentes, companheiros de trabalho e diversão, de alegrias e tristezas, de sonhos e “loucuras”, um obrigado do tamanho do mundo por serem quem são. Sem cada um de vós, este Grupo não seria o que é hoje.

Participação no Mercado de S. Domingos de Benfica

17 novembro 2014

Ronda das Adegas

Mercado à moda Antiga - foi assim...

29 outubro 2014

A persistência realiza o impossível. O mercado à Moda antiga começou há muitos dias para os componentes do Rancho de Alviobeira. Tantos foram os pormenores pensados com antecedência para que o mercado fosse um sucesso. O sábado começou bem cedo com a preparação dos bolos, do pão, das brendeiras com petingas, do arroz doce, das pataniscas, das petingas… Ao final da tarde a garagem da Cidália, o nosso “armazém” de serviço, começou a encher-se devido à generosidade de tantos. Os cheiros ainda mais intensos devido à humidade, começavam a encher o espaço e a criar no íntimo de cada um de nós, o desejo de que o dia do mercado chegasse o mais rápido possível. E cada um foi chegando ao armazém com qualquer coisa para o mercado, cebolas, batatas, couves, marmelos, limões, flores, nozes, amêndoas, castanhas, pão, broas, brendeiras, ervas e chás da Ti Júlia… Nós lá íamos dividindo os produtos, colocando-os nos cestos de verga e nas canastras e fazendo os preços… Na rua, os homens tratavam dos currais para os animais. Se a véspera do mercado por um lado é um dia longo, agitado, de grande stress, por outro proporciona momentos únicos de convívio e animação. No domingo o despertador tocou bem cedo, muito era o trabalho a fazer. A noite tinha sido chuvosa, mas a esperança de um dia com um céu nublado com algumas abertas era muita. Colocámos as tasquinhas e os produtos para venda na rua. Os animais: burros, porcos, galos, galinhas, vitelos, cabritos, ovelhas, cavalos, começaram a chegar. E aos poucos a rua do Comércio ganhou uma nova vida e um novo colorido. Pelas 9H tudo estava pronto para começar a venda, mas a chuva parecia ainda estar mais ansiosa pelo nosso mercado e marcou presença desde a abertura até ao final. Mas o mercado fez-se mesmo debaixo de chuva que em certas alturas era de tal forma intensa que nos obrigava a proteger tudo e a procurar o abrigo mais perto. Mas quando a chuva abria tréguas, o mercado ganhava novamente vida. Aquecia-se os pés e a roupa na fogueira que estava pensada para fritar os velhoses mas que acabou por ter outra utilidade, bebia-se um café da “chicolateira”, e apregoava-se os produtos, cada um tentando criar o pregão mais divertido e apelativo… e a venda continuava… À volta da fogueira ouvia-se histórias contadas pela comadre Luísa e brincava-se com o fumo, já que antigamente se costumava dizer que o fumo perseguia as mais formosas. Á hora do almoço juntámo-nos debaixo do telheiro do Zé da Loja e da Cidália, e partilhámos os almoços. Assamos a carne trazida pelo Sr. José Manel e os colhões de porco que o António Freitas tinha comprado, as migas, arroz, galinha, e tantas outras coisas trazidas pelos componentes, e comemos, bebemos, conversámos e brincámos. São estes momentos que fazem de nós aquilo que somos. Quando há coisas que não conseguimos controlar, o único remédio é aproveitar o momento e retirar dele o melhor que podemos. E o melhor é sempre o convívio, a alegria, a generosidade de tantos que mesmo a chover quiseram marcar presença no nosso mercado. No final do dia, já com as coisas guardadas na garagem, que mais parecia estar pronta para outro mercado, tal era a confusão, com os dedos dos pés e das mãos enrugados, com o corpo cansado e regelado, o trajo a pesar uma tonelada, ouvia-se as vozes animadas desta gente que tanto admiro, que não baixa os braços perante os contratempos, que ri quando muitas vez mais apetece chorar, que não tem medo de nada, que tenta transformar as catástrofes em momentos de aprendizagem e crescimento… esta gente que às vezes zanga-se, grita e ralha, mas que se ama e respeita, como uma família. Uma família que não se fecha em si própria mas sempre aberta a novos membros, a novas ideias, a novos saberes. Os agradecimentos, esses são muitos, porque muitas são as pessoas que nos ajudam e fazem acreditar que vale a pena continuar. Embora os melhores agradecimentos sejam aqueles que vão para além das palavras e traduzem-se em gestos, deixamos aqui o nosso muito obrigado aos componentes pela persistência e loucura, aos donos dos animais pela boa vontade, aos visitantes pela generosidade, aos comunicadores e reportes de imagem pela divulgação, aos amigos pela dedicação. O que não nos mata, torna-nos mais fortes, e aqui estamos nós mais fortes, mais unidos, com mais força para os próximos mercados e projectos que aí vêm. Para acabar o ano, lá para o primeiro ou segundo fim-de-semana de Novembro, dependendo da cozedura do vinho, haveremos de aquecer a alma e o coração com o “nosso” vinho nas adegas mais tradicionais da aldeia na Ronda das Adegas a nossa última atividade de 2014, ou não, já que este Rancho não pára e Alviobeira Acontece

Mercado à Moda Antiga

06 outubro 2014

Cheiros e Sabores

30 setembro 2014

Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições do êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizeram ali? Fernando Pessoa Os diversos lugares da antiga freguesia de Alviobeira (hoje anexada ao Casais dando lugar à União de freguesias Casais Alviobeira) e o Rancho Folclórico e Etnográfico de Alviobeira em parceria com o CPP, uniram-se mais uma vez para realizar a 8ª Mostra de Cheiros e Sabores e Encontro de Folclore Infantil no adro da Igreja de Alviobeira. Se a Mostra de Cheiros e Sabores continua a realizar-se ano após ano, deve-se ao empenho de todos os lugares (Ceras, Chão das Eiras, Freixo, Manobra, Portela de Nexêbra e Alviobeira) que não poupam esforços para rechear a sua tasquinha com os mais variados pitéus, capazes de fazer crescer água na boca. Este ano não foi excepção e mais uma vez a oferta foi grande e variada. A “nossa” agua pé fez sucesso, a contar pelos vários litros vendidos. Falta agora esperar pelo “nosso” vinho que esperamos estar pronto lá para Novembro quando fizermos a Ronda das Adegas, prevista para o dia 2 de Novembro. Embora o sol tenha raiado logo cedo, fazendo prever um dia agradável e propicio ao convívio saudável entre a comunidade, que continua a ser o grande objetivo desta festa, por volta das 17 H, a chuva apareceu e todos os abrigos foram poucos para as muitas pessoas que ali se encontravam. Depois de uma hora de chuva intensa e continuada, S. Pedro abriu tréguas e ainda deixou atuar os mais pequenos. Por volta das 19H subiu ao palco o Grupo Infantil Danças e Cantares da Chamusca e o Rancho Infantil de Alviobeira que tentaram animar a festa com as suas danças e cantares, embora as condições já não fossem as melhores. A tarde foi animada pelos quadros etnográficos desta vez dedicados ao ciclo da vinha e do vinho, promovidos pelo RFEA. A adesão foi grande e mais uma vez agradecemos todo o carinho e todas as palavras de incentivo. Foi por brincadeira que iniciamos o ano passado os quadros etnográficos –estátuas vivas, e que temos vindo a treinar e a melhorar. Mas como normalmente as nossas brincadeiras torna-se em casos sérios, enquanto ficámos à espera no que isto possa dar, vamos fazendo…. ainda temos muito que aprender, mas o caminho faz-se caminhando. O adro foi preparado ao pormenor, quase que parecia que as cepas tinham nascido ali mesmo e criou-se um ambiente engraçado, capaz de fazer recordar a muitos momentos passados e a outros ensinar como se processa o ciclo do vinho. Passado Os cheiros e Sabores, já estamos em preparação para os dois mercados que aí vêm. Dia 5 de Outubro em Tomar e dia 12 em Alviobeira, na Rua do Comércio. Fotos Isabel e Teresa Freitas, Arnaldo Lopes e José Júlio Ribeiro As fotos dos quadros etnográficos estão belas, mas aguardamos mais fotos das tasquinhas que estavam também muito bonitas e recheadas.

MOSTRA CHEIROS E SABORES

19 setembro 2014

INTIMIDADES

07 agosto 2014

Um pouco tardia, mas aqui está a nossa reportagem sobre o Intimidades, pois seria impensável não fazê-la. Foi no passado dia 25 de Julho que a Rua do Comércio, em Alviobeira, fechada ao trânsito se transformou numa enorme passerelle para receber mais um Intimidades. Depois da experiência na Casa da Eira em Ceras, e das emoções vividas, seria quase um crime não repetir este “espectáculo” que para nós tem uma magia inexplicável, não fosse ele uma homenagem aos nossos trajos. Se a casa da eira, e o seu fabuloso cenário deu ao Intimidades uma melancolia e uma tranquilidade inexplicáveis, a Rua do Comércio trouxe ao Intimidades uma proximidade e outras vibrações, também elas únicas e mágicas. Este Intimidades teve o privilégio de ter música ao vivo, para isso contou com a amabilidade e disponibilidade do “nosso” Hugo, Luís Alves e Speedy. Como é bom ter amigos, aqueles que basta um telefonema, e logo embarcam nos nossos projectos e sonhos, sem “ses”. Como é fácil e bom trabalhar com o Hugo, o seu ar aparentemente despreocupado, não passa disso, se o não o conhecesse bem poderia até ficar “stressada” com a sua despreocupação e “está-se bem”, mas conheço-o à muito para saber da sua competência e profissionalismo. Depressa chegámos a um consenso sobre as músicas, quase todas sugestões do Hugo, depois trabalhadas por nós para os vários desfiles da noite e modéstia à parte penso que resultaram na perfeição. Durante toda a semana a Rua do Comércio teve movimento, música e animação, fazendo lembrar outros tempos em que as pessoas sentavam-se às portas a conversar e as crianças brincavam ali mesmo na estrada. Embora o frio fosse muito, os ensaios fizeram-se dia após dia, para que tudo corresse pelo melhor. Na sexta-feira os preparativos do espectáculo começaram logo ao fim da tarde e a azáfama foi muita. Cenário, luz, som, passerelle …. e como os nossos meios financeiros são sempre nulos para este tipo de espectáculo à que recorrer à imaginação e inventar cenários a custo reduzido, o que nos tempos que correm parece quase uma utopia. Tentar fazer uma produção, com alguma decência sem gastar praticamente nada, não é fácil, requer uma ginástica financeira enorme, vale-nos a ajuda dos amigos que nos vão emprestando/dando algumas coisas e a nossa imaginação fértil. Um obrigado especial ao Sr. Manuel Alves dos Chão das Eiras que nos forneceu o que viria a ser a base da nossa passerelle, assim como ao José Lourenço que nos deu um rolo de 40 metros de um tecido azul que a tornou mais elegante. Já passava um pouco das 22 Horas quando o Intimidades começou. A noite estava fria, mas quem teve coragem de sair de casa, penso que foi recompensado, porque o Intimidades voltou a surpreender. Mesmo para quem já o tinha visto na Casa da Eira, viu um novo espectáculo, com a mesma essência, mas com uma apresentação diferente. Para nós, absorvidos por aquele ambiente, a noite passou a correr, o frio esse nem o sentimos, tantas eram as emoções. Quando alguém saía da passerelle, apenas comentava: O ambiente está espectacular! E todos ficavam impacientes para chegar a sua vez de ir para o centro do espectáculo, onde a música, as luzes, os olhares e o carinho das pessoas, nos faziam sentir gigantes. Por último os agradecimentos. Não poderia deixar de fazer em primeiro lugar um agradecimento especial à Celine e à Marisa, as nossas grávidas, que tornaram o seu desfile ao som da música Asas, um momento lindo e muito especial. (Faz-nos bem ter asas para voar… ir mais além… amar e deixar-se amar… ) Aos amigos de sempre e aos recentes pelo apoio incondicional. Ao José Ribeiro mais uma vez um muito obrigado pelas belas imagens, obrigado pelo carinho e pela partilha. A todos os presentes que criaram uma moldura humana espectacular o nosso obrigado. Aos componentes muito obrigada, por continuarem a ousar ir mais além, sem reservas, nem medos, sempre disponíveis a mostrarem-se até mesmo na intimidade.