MERCADO À MODA ANTIGA
24 outubro 2017Publicada por Rancho F. E. Alviobeira 0 comentários
Etiquetas: Actividades
RETALHOS
12 outubro 2017
Foi no
passado sábado, dia 7 de Outubro pelas 21H30 no salão da Associação
Recreativa e Filarmónica Frazoeirense que apresentámos o espetáculo
Retalhos.
A data
era importante, afinal não é todos os dias que uma associação
comemora cento e setenta e seis anos de atividade ininterrupta. Para
quem vai a caminho dos trinta, parece uma data longínqua e de
difícil alcance.
Reconhecemos
nesta associação semelhanças com a nossa, embora uma se dedique à
musica filarmónica e a outra ao folclore, a verdade é que ambas
primam pela dedicação, entusiasmo e dinamismo, sendo ambas marcos
importantes na cultura da sua terra e do seu concelho.
A
Frazoeira é uma terra com “personalidade”; não sei se pelas
belas quintas e solares existentes, pelas árvores centenárias, pela
proximidade da mística aldeia de Dornes, a verdade é que quando ali
chegamos parece que recuamos no tempo e ficamos completamente
rendidos à beleza e à imponência do património material ali
existente, silêncios que falam e que parecem ter tanto para contar.
A
beleza e a grandiosidade dos solares não deixa ninguém indiferente,
eu chamei-lhe “grandiosidade serena”, o que quer que isso possa
significar. O ambiente que se respira leva-nos a imaginar histórias
e contos, guardados misteriosamente em cada pedra, em cada árvore,
em cada casa.
Uma
terra “encantada” que cheira a verde... “ o verde nasce, os
pássaros um azul quente...
Uma
terra aqui tão perto de nós mas uma mística diferente. A mim
bastou-me algumas horas no local, para ficar fascinada e para na minha cabeça começar
a fervilhar mil ideias para espetáculos que ali tão
bem se enquadravam.
Mas
este silêncio não significa que a Frazoeira seja uma terra parada
no tempo, pelo contrário, é uma terra que a exemplo de Alviobeira
muita coisa acontece. O passado convive harmoniosamente com um
presente ativo, dinâmico, culturalmente e socialmente falando. Há
176 anos que esta associação tem desenvolvido um trabalho ímpar
para o crescimento, dinamização desta terra e das suas gentes. Aqui
o passado e o presente convivem lado a lado sem atropelos nem
guerras.
Foi
nesta terra de fascínios que Retalhos foi apresentado.
Contrastes
que podem parecer ao acaso, mas que querem dizer muita coisa: numa
noite quente de Outono que mais parecia de verão, um espetáculo
“moderno” mas que falava de histórias passadas, uma terra serena
mas a fervilhar de cultura.
Foi
assim rodeado de contrastes que o RFEA levou a palco o espetáculo
RETALHOS.
Fomos
recebidos com amabilidade e desde o primeiro momento sentimo-nos em
casa.
Agradecemos
o convite que muito nos honrou, esperamos ter estado à altura das
expetativas e expressámos aqui os votos de no futuro continuar a
desenvolver esta pareceria que tem tudo para dar bem.
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Etiquetas: Actividades, Intimidades
MERCADO DA REPÚBLICA
Foi no passado domingo
dia 8 de outubro, que decorreu o Mercado da República em Tomar, uma organização
do Conselho Técnico da Federação do Folclore Português, com a participação de
todos os Ranchos do Concelho de Tomar.
O Rancho de Alviobeira
também marcou presença, levando para o mercado os seus produtos, cheiros e
sabores, temperados com a sua habitual boa disposição.
O dia amanheceu
quente, avizinhando-se um dia difícil e longo. Na noite anterior tínhamos
vivido momentos intensos na apresentação do espetáculo Retalhos na Sociedade R.
Filarmónica da Frazoeira, integrado nas comemorações do seu 176 aniversário e
se o espírito se encontrava ainda a "levitar" as pernas e os pés
massacrados por uma semana de intensos ensaios, pareciam não corresponder a
essa leveza de espírito.
Um dia de mercado é
sempre difícil, cansativo e este foi ainda agravado pelo intenso calor que se
fazia sentir, parecendo mais um dia de Verão que de Outono, mas também é um dia
de emoções fortes, intensas e inesquecíveis. O contacto com as pessoas, torna o
mercado interessante e desafiante, principalmente com os muitos estrangeiros
que visitaram o mercado, e se interessaram pelos produtos à venda, solicitando
informações sobre o mercado, os produtos e sobre o grupo. Nós, poliglotas que
somos, lá fomos explicando em francês, inglês, espanhol e até em italiano, quem
somos, o que fazemos e vendemos, conversas tidas entre a azáfama da venda,
porque também é para vender os nossos produtos e realizar dinheiro que ali estamos.
Conciliando os ensaios
de Retalhos, com a preparação dos produtos e de todos os utensílios a levar
para o mercado, conseguimos ter as coisas prontas no domingo de manhã, no fim
de contas já estamos habituados ao stress dos mercados.
Depois de tudo preparado,
fica ainda a difícil e árdua tarefa colocar tudo dentro das carrinhas. Pode
parecer fácil mas não é, e aos poucos como se de um puzzle se tratasse, lá
vamos encaixando as cestas, caixotes, canastras, bolos e afins e depois de
várias tentativas, de pôr, tirar e voltar a pôr lá conseguimos fechar a porta
da carrinha.
Sentimos um prazer e
um orgulho gigante de vender no mercado os "nossos" produtos,
produzidos, confecionados e preparados pelos elementos do Rancho. Ali não há
nada que não venha da generosidade, habilidade e trabalho dos componentes do
Rancho, familiares, vizinhos e amigos e todos os produtos trazem com eles uma
história e um nome, "retalhos" da nossa história e da nossa vida.
A nossa agua pé foi
feita a 26 de Agosto, na Quinta da Runfeira, as nozes apanhadas de uma nogueira
no Touco, que nos foi amavelmente cedida pela Albertina e João e que as suas
nozes apanhamos no dia 1 de Outubro, as passas de uva apanhadas na Runfeira e
lá secas ao sol sob os cuidados da Almerinda, o pão cozido na torre pela Marisa
e Ricardo e em Ceras pelo Carlitos, assim como as brendeiras de petingas,
azeite e cebola; as petingas pacientemente assados na brasa pela Luísa Leal,
assados no forno pela Anabela, fritos pela Almerinda e à escabeche pela D.
Isabel, os pasteis de Bacalhau preparados pela Paula, os bolos deliciosos
confecionados por vários componentes, os licores misteriosamente preparados
pela Ti Júlia, a marmelada da Luísa, o café e os sonhos da Cidália, os
sabonetes feitos pela Beta e os muitos produtos do campo, trazidos dos quintais
dos vários elementos do RFEA; fizeram as delícias de todos aqueles que tiveram
a possibilidade e o privilégio de os saborear.
No que diz respeito a mercados, somos uma máquina gigante que trabalha
afinadamente e em grupo para o sucesso dos mesmos.
E assim foi mais um Mercado da
República, por cá continuamos em modo de mercado, preparando o nosso Mercado à
Moda Antiga que terá lugar no próximo dia 29 de outubro na Rua do Comércio, em
Alviobeira.
Apareça e faça ALVIOBEIRA ACONTECER
Apareça e faça ALVIOBEIRA ACONTECER
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Etiquetas: Actividades, Tradições
MOSTRA DE CHEIROS E SABORES E ENCONTRO DE FOLCLORE INFANTIL
No início do Outono
chegam os Cheiros e Sabores a Alviobeira, esta é uma iniciativa conjunta do
Rancho de Alviobeira e do Conselho Pastoral Paroquial com a colaboração dos
vários lugares da Paróquia.
O evento vai já na sua
XI edição e agrega à mostra de cheiros e Sabores o Encontro de Folclore
Infantil que este ano contou com a presença do Grupo da casa, do Rancho
Infantil "As Pedrinhas" da Sicó - Abiul e do Grupo de Tradições
Infantis do R. Folclórico de S. Miguel de Carregueiros- Tomar.
A edição deste ano dos
"Cheiros e Sabores" foi buscar nos jogos tradicionais inspiração para
a decoração das tasquinhas e para a animação do próprio evento.
Durante todo o dia foi
possível para além de saborear os vários pitéus dos doces aos salgados, brincar
nos jogos tradicionais.
A quem percorreu as
diversas tasquinhas foi possível, treinar a pontaria no jogo das latas do Chão
das Eiras, fazer habilidades no jogo do peão de Alviobeira, puxar pela cabeça
no jogo do galo do Rancho, por à prova a forma física e a rapidez no jogo dos
sacos de Ceras, medir forças no jogo da corda do Ventoso e brincar no Freixo.
Também o Rancho
Infantil de Alviobeira desenvolveu a sua atuação à volta do tema brincar,
desenvolvendo várias brincadeiras e jogos infantis que foram passando de
geração em geração, mas que hoje com a modernidade e com os avanços da tecnologia
correm o risco de serem esquecidos se não fizermos um esforço conjunto na sua
recuperação.
Antigamente as
crianças não tinham tantos brinquedos como as de hoje e, por isso, tinham que
usar a criatividade para criá-los. Usavam troncos de madeira, pedrinhas,
pinhas, para fazer animais, além de brincadeiras como o peão, a macaca,
cantigas de roda, anel anel, entre muitas outras, e assim, se divertiram por
décadas e décadas.
Embora o Outono
tivesse chegado na semana passada, o sol fez questão em marcar presença nos
"Cheiros e Sabores" e brilhou durante todo o dia, iluminando o adro
da Igreja de Alviobeira, que se encheu de cor, cheiros, sabores e saberes,
proporcionando um dia agradável de convívio entre vizinhos, paroquianos, amigos
e visitantes.
Eu gosto do cheiro da
minha terra, é único e especial assim como é a minha terra e por isso esta
mostra de Cheiros e Sabores cheira a Alviobeira, e aos diferentes lugares da
Paróquia também eles com cheiros tão próprios e tão deles.
Se pedirem para
descrevê-lo, não saberei fazê-lo, mas sabe a doce, salgado, ácido e amargo, é
picante e aromatizado, suave e intenso, quente, morno e frio, aquece o coração,
refresca o corpo e sacia a alma.
Este é o cheiro e o
sabor da minha terra... da nossa terra... o cheiro de uma Alviobeira pequena
mas acolhedora, simples mas brilhante... de uma Alviobeira que acolhe neste dia
todos os lugares da Paróquia e que ganha outra dimensão, uma Alviobeira pequena
mas do tamanho do mundo e da generosidade de todos os que nela trabalham para
fazer Alviobeira Acontecer.
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Etiquetas: Actividades
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