A meio da quaresma, o Serrar da Velha era quase que obrigatório.
Num tempo em que quase nenhuma animação havia na aldeia, “o Serrar da Velha”, era encarado como um divertimento.
Durante a noite, um reduzido número de rapazes/homens dirigia-se para o pinhal mais alto da povoação e daí gritavam graças (em frases ou mais usualmente em rimas) alusivas a factos relacionados com as pessoas da comunidade.
Quando as condições geográficas o permitiam, através da existência de mais pinhais no perímetro da povoação, chegava-se mesmo a estabelecer diálogo previamente combinado entre grupos situados em pinhais diferentes.
No Serrar da Velha revelavam-se muitos namoros, até infidelidades encobertas, quantas vezes levantando-se calúnias. Muitas situações delicadas se criaram com as pessoas atingidas ou seus familiares a perseguirem quem se julgava serem os autores das rimas.
O reduzido número de participantes tinha por objectivo, por um lado, a manutenção do segredo do anonimato, anos fora, consoante a gravidade das acusações ditas, por outro, permitir uma mais fácil fuga.
E em caso de fuga forçada, chegavam a dividir-se, indo cada um para o seu lado, reunindo-se posteriormente em local previamente combinado.
Quem ia serrando a velha embora o funil já distorcesse a voz, ainda mais a disfarçava, mesmo na pronúncia a fim de não ser reconhecido.
Num tempo em que quase nenhuma animação havia na aldeia, “o Serrar da Velha”, era encarado como um divertimento.
Durante a noite, um reduzido número de rapazes/homens dirigia-se para o pinhal mais alto da povoação e daí gritavam graças (em frases ou mais usualmente em rimas) alusivas a factos relacionados com as pessoas da comunidade.
Quando as condições geográficas o permitiam, através da existência de mais pinhais no perímetro da povoação, chegava-se mesmo a estabelecer diálogo previamente combinado entre grupos situados em pinhais diferentes.
No Serrar da Velha revelavam-se muitos namoros, até infidelidades encobertas, quantas vezes levantando-se calúnias. Muitas situações delicadas se criaram com as pessoas atingidas ou seus familiares a perseguirem quem se julgava serem os autores das rimas.
O reduzido número de participantes tinha por objectivo, por um lado, a manutenção do segredo do anonimato, anos fora, consoante a gravidade das acusações ditas, por outro, permitir uma mais fácil fuga.
E em caso de fuga forçada, chegavam a dividir-se, indo cada um para o seu lado, reunindo-se posteriormente em local previamente combinado.
Quem ia serrando a velha embora o funil já distorcesse a voz, ainda mais a disfarçava, mesmo na pronúncia a fim de não ser reconhecido.
Ó velha o que deixas à mulher do Zé Godinho?
Uma medida de água para baptizar o vinho!
3 comentários:
Participei/assisti ao Serrar da Velha no ano passado, e confesso que adorei!
É uma tradição que desconhecia até à data e ainda bem que a recuperámos.
Imagino a quantidade de tradições que se foram perdendo ao longo dos tempos, talvez por esquecimento, por incoveniência ou pior: por preguiça...
Louvo a existência deste e outros ranchos por não permitirem que o passado se 'apague' completamente, e por nos darem o prazer de reviver estes momentos únicos.
O dever é cumprido!
eu infelizmente nao posso estar presente devido a tar a trabalhar.
mas gostava de ssaber o que é que a velha me dava a mim
sera que é um carro novo he he
Enviar um comentário